sexta-feira, 6 de junho de 2014

Matrix e o mito da caverna.

Podemos facilmente perceber que tanto o filme “Matrix” quanto o mito que Platão criou passam a ideia de haver uma possibilidade da existência de uma realidade a qual não conhecemos ou não acreditamos que exista. Matrix é um programa de computador que simula a realidade de forma virtual todas as coisas que achamos que são reais.
O personagem de Sócrates, assim como Neo(personagem de Keanu Reevens no filme), acaba descobrindo que o mundo não é o como ele achava que fosse. Pelo fato do prisioneiro ter nascido e crescido em uma caverna e de passar a vida, até aquele momento, acreditando em sua imaginação que era intérprete das sombras que via na parede, se surpreendeu com a verdadeira forma do mundo real. Neo vivia enfiado em seu quarto realizando trabalhos ilegais de programas de computador, ele acaba sendo forçado a fugir contra um certo grupo que o querem prejudicar e se vê forçado a conhecer o mundo real, que na verdade é em um futuro que nem mesmo sabem época atual, e também descobre que a sua vida inteira foi vivida dentro de um programa de computador que tem como objetivo virtualizar tudo que o programador deseje inclusive habilidades e aprendizados(isso é bem mostrado no filme quando os personagens aprendem táticas de lutas e domínios com armamentos).
Então, com a mesma intenção que Platão quer mostrar com o seu mito da caverna, os realizadores do filme “Matrix” tentam mostrar que nem tudo que sentimos, vivemos, exploramos, aprendemos, e testemunhamos podem de fato não ser o que parecem. Nesse mesmo contexto existe a percepção de certos indivíduos que preferem continuar levando a vida de forma totalmente “virtual”, como por exemplo, o personagem Cypher(interpretado pelo ator Joe Pantoliano) no filme “Matrix” que preferiu trair seus companheiros, inclusive matou alguns deles, para poder ter uma vida novamente normal na matrix, ainda exclamou em uma das cenas a frase “ a ignorância é uma bênção” que leva a entender que seria bem melhor ter continuado a vida do jeito que estava antes de saber que nada daquilo não passava de um simples programa de computador. O personagem Cypher do filme é comparado semelhantemente com os prisioneiros do mito de Platão que ignoraram aquele que havia se libertado e tentado convencê-los de que a vida era muito mais do que ficar para o resto da eternidade em uma caverna. Essa observação mostra que tanto para os prisioneiros da caverna quanto para Cypher, a vida seria bem melhor se continuasse do jeito trancafiado que era, sem nenhuma revelação que prove o “outro lado”, que o que vivemos pode ser de fato nada mais do que mera ficção. A interpretação de cada pessoa que lê o mito da caverna ou assiste o filme “Matrix” vai depender de cada uma é claro, mas para aqueles que entenderam pelo menos a lógica que cada história traz, há de se ter no mínimo algumas dúvidas sobre ás origens de tudo que já viveu.

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